
O muro da casa localizada em frente à residência do promotor Thales Ferri Jr., no bairro de Moema, na zona sul da capital paulista, foi pichada na noite de quinta-feira, 30, com os seguintes dizeres: 'Assassino. Justiça. Ministério Público, a vergonha do Brasil'. O grupo responsável pela pichação, que se identifica como Túmulos, Trolhas, Bereta, Os Bicho Vivo, Malignos e DMN, é o mesmo de várias outras feitas neste ano, inspiradas em fatos que ganharam destaque na imprensa brasileira e mundial. O promotor é acusado de assassinar, a tiros, o estudante Diego Mendes Modanez, de 20 anos, e de ter ferido o estudante Felipe Siqueira Cunha de Souza, que na época tinha 20 anos. Schoedl disse que os rapazes assediaram sua namorada e garantiu ter agido em legítima defesa, quando disparou 12 tiros na direção deles. A decisão de quarta-feira, por 16 votos a 15, livra o promotor de ser submetido a júri popular. O advogado Pedro Lazarini pretende recorrer ao Conselho Nacional do Ministério Público, na próxima semana, para reverter a decisão tomada pelo Órgão Especial do Ministério Público. Além disso, Schoedl, de 29 anos, ganhou o direito de voltar a suas atividades como promotor substituto - podendo até atuar contra outros acusados de assassinato, como ele -, continuando a receber o salário de R$ 10,5 mil. O Órgão Especial do MPE entendeu que nem a acusação de assassinato nem a conduta profissional de Schoedl antes do crime eram suficientes para impedir sua efetivação como promotor de Justiça. O julgamento de Schoedl na quarta-feira não levava em conta a acusação de assassinato. Tratava-se somente de acusações por condutas questionáveis. O Órgão Especial do MPE entendeu que não havia motivo para punir Schoedl e, com isso, decidiu efetivá-lo, mesmo sabendo que isso o beneficiaria no julgamento da acusação mais grave, a de assassinato. A Justiça do Direito Online
Estadão
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